A derrota do São Paulo para o Red Bull Bragantino era um aviso prévio. O fato de Fernando Diniz escalar o time reserva contra o Guarani indicava muita coisa, principalmente uma possível eliminação nas quartas de final do Paulista.
O jogo contra o Bragantino mostrava que o time titular do São Paulo erra mais do que acerta. Depois do confronto, Diniz dizia que aquele time precisava de ritmo, mas escalou uma equipe alternativa contra o Guarani. Os erros não foram ajustados, o ritmo não foi restaurado e o tricolor ficou mais fraco.
Dizer que o São Paulo não era favorito frente ao Mirassol beira a hipocrisia. O time do interior teve a saída de 18 jogadores durante a pandemia e remontou o elenco às pressas, sem contar que vinha de uma derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta, que brigava contra o rebaixamento.
“Nem nos meus melhores sonhos pensei nisso. Eu vim para treinar, na verdade. Vim dos Emirados. Acabou que ia jogar os dois primeiros jogos, mas não deu certo. Classificamos. De madrugada me ligaram, peguei o voo, cheguei ontem, treinei e pude fazer dois gols. Só agradecer a Deus mesmo, minha família, minha namorada, todos juntos comigo”, disse Zé Roberto, autor de dois gols do Mirassol.
Há, agora, uma pressão forte sobre a permanência de Fernando Diniz no comando do São Paulo. É importante destacar que o trabalho do treinador caminhava até a parada por conta da pandemia. No retorno, as decisões foram equivocadas.
Sobretudo, vale ressaltar que a equipe do Morumbi ainda tem compromissos pela Libertadores, antes do início do Brasileiro.
Assim, qualquer decisão sobre o futuro de Diniz no São Paulo deverá ser muito bem pensada.