Finalmente a Fórmula 1 volta às pistas. Nunca aconteceu tão tarde o início de uma temporada, o mais tardio reinantes no ocorreu nos primeiros anos do mundial, com o primeiro GP da temporada sendo realizado no mês de maio.
Este ano, contudo, a pandemia do coronavírus “bagunçou o coreto” e entre GPs cancelados, adiados ou eventualmente remarcados, tivemos ainda a “solução” de duas corridas programadas para fins de semanas sucessivos, de forma a alcançar um minimo de corridas coerente com os contratos de publicidade, os de transmissões pela televisão e outros compromissos comerciais.
Assim, a largada vai acontecer domingo, com o GP da Áustria, no circuito de propriedade da Red Bull, e a mesma corrida, mas com o nome de GP da Stiria, será repetida no fim de semana seguinte. Em minha opinião, trata-se de uma solução inteligente para um problema que ninguém podia antecipadamente prever ou sequer imaginar.
Este início de mundial põe em destaque, uma vez mais, a superioridade da Mercedes, vencedora destacada dos últimos campeonatos. E coloca como dúvida o fato de alguém poder não só alcança-la como superá-la.
A mais contada para isso, ao menos em tese, é a Red Bull enquanto a Ferrari parece colocar-se como terceira força do campeonato. Em que pese o fato de faltarem efetivos parâmetros de avaliação, o que só acontecerá ao longo deste GP inicial.
Paralelamente, temos o “desespero” de algumas equipes que se encontram em dificuldades econômicas, como a famosa Williams. Situação que me remete na memória a um passado bem distante, quando em Roma, Frank Williams teve que vender seu relógio para poder adquirir uma passagem aérea de volta à Inglaterra…