O Corinthians venceu o Red Bull Bragantino por 2 a 0 e está na semifinal do Paulista. A equipe de Tiago Nunes apresentou grande evolução, enquanto que o time de melhor campanha do campeonato decepcionou.
O clube alvinegro chegou ao terceiro jogo seguido sem sofrer gols. Tiago Nunes corrigiu o maior problema que enfrentava desde o seu início de trabalho: a defesa. Contra Palmeiras e Oeste, vimos um Corinthians pragmático, que pouco atacava e muito defendia. Já contra o Red Bull Bragantino, a história foi um pouco diferente, mas isso foi consequência de alguns fatores.
O primeiro deles é o gol que saiu com menos de 30 segundos de jogo. Aproveitando a gigantesca falha de Julio César, o Corinthians teve mais tranquilidade para administrar o placar, com posse de bola. Não acho que o time de Tiago Nunes tenha dado um nó tático na equipe de Bragança. A atuação do Bragantino foi realmente decepcionante, com poucas chances criadas — a melhor delas foi um chute de Artur, de fora da área, no travessão de Cássio — e cedendo muitos espaços ao adversário.
No que diz respeito à evolução do Corinthians, Tiago Nunes encaixou o estilo de jogo de aproximação, jogando com cinco jogadores de meio-campo: Gabriel, Éderson, Ramiro, Vital e Luan. São jogadores fazem a bola rodar pelo centro. Com Janderson ou Everaldo, a característica desses jogadores é de levar a bola para o fundo, e muitas vezes a jogada acaba por ali.
Mais dois pontos que merecem ser destacados: Danilo Avelar resolveu o problema do Corinthians na zaga, que consistia desde o início do ano. Luan, principal articulador da equipe, ainda segue muito apagado. No entanto, assim como foi contra o Oeste, foi decisivo na bola parada.
Aliás, é a terceira vitória consecutiva do Corinthians, o terceiro jogo sem sofrer gols e o terceiro marcando a partir de jogada de bola parada.
Vexame santista
Na Vila Belmiro, o Santos abriu o placar logo aos 6´ de jogo, com Marinho. Depois o que vimos foi uma etapa inicial muito fraca, com pouca criatividade das duas equipes. Para piorar, no final do primeiro tempo, Marinho foi expulso — o quarto jogo seguido do time de Jesualdo com expulsão.
Com um homem a mais, a Ponte Preta aproveitou e aplicou a virada em apenas 15 minutos. Depois disso, a equipe de Campinas começou a administrar o resultado com tranquilidade. Tanta que, com posse de bola e paciência, conseguiu marcar o terceiro e definir a classificação à semifinal.
Vale lembrar que se a Ponte tivesse perdido o jogo contra o Mirassol, na última rodada, estaria rebaixada para a Série A2, mas venceu. Permaneceu na elite e se classificou às quartas de final porque Oeste e Água Santa, que estavam no mesmo grupo, tiveram as piores campanhas do campeonato.
Que coisa! E agora a Ponte está na semifinal do Paulista!
E assim como o São Paulo, o Santos também deu vexame.