Vadão, ex-técnico da Seleção feminina, nos deixou hoje, vítima de câncer. Autor do “Carrossel Caipira” no Mogi Mirim, o ex-treinador atribuía ao time do interior paulista o estilo da Holanda de 1974 e ajudava a projetar Rivaldo, Leto e Válber ao futebol nacional.
Vadão também foi figura marcada do futebol de Campinas, onde ficou marcado como “Mister Dérbi” por nunca ter perdido um clássico do munícipio. No Guarani, teve cinco passagens – destaque para o acesso na Série B em 2009 e o vice-paulista de 2012. Na Ponte, foram quatro – em 2005, levou a Macaca à liderança do Brasileiro, e a boa campanha no meio do torneio despertou interesse do futebol japonês.
Ainda treinou outros times do futebol paulista: no Corinthians, a passagem foi curta; no São Paulo, foi o responsável por lançar Kaká. Nos times mais modestos, conquistou a Série C do Brasileiro pelo XV de Piracicaba e acumulou experiências por Portuguesa, São Caetano, Araçatuba e Matonense.
Já fora de São Paulo, foi importantíssimo para o Atlético-PR, onde conquistou o Torneio Seletivo para a Libertadores em 1999 e o Campeonato Paranaense de 2000, além de ter iniciado a montagem do grupo que seria campeão brasileiro no ano seguinte. Trabalhou outras duas vezes no rubro-negro, em 2003 e entre 2006 e 2007, quando foi semifinalista da Copa Sul-Americana. Além disso, no Criciúma, foi campeão catarinense, em 2013.
O trabalho na Seleção feminina foi o que lhe rendeu mais títulos: Copa América 2014, Torneio Internacional de Futebol Feminino 2014, Campeonato Internacional de Futebol Feminino de 2015 e os Jogos Pan-Americano de 2015. Na Rio-2016, terminou em quarto. Depois, em 2017, retornaria à Seleção para um novo trabalho, e ainda conquistou Torneio Internacional de Futebol Feminino (2017) a Copa América, em 2018.
Foi demitido no ano passado, após a queda nas oitavas de final do Mundial e uma longa sequência de resultados negativos.