Há exatos 15 anos, assistíamos a uma das mais épicas finais de Champions League. O Liverpool aplicou uma virada histórica sobre o Milan e garantia o título continental após 21 de jejum. Aquele jogo ficou conhecido como o ‘Milagre de Istambul’.
Diante de 72 mil torcedores presentes no estádio, o galáctico Milan comandado por Ancelloti abria uma sonora vantagem no placar de 3 a 0 até o intervalo. Logo no primeiro minuto de jogo, Maldini abriu o marcador – o gol mais rápido da história da Champions. Depois, Crespo fez mais dois. A etapa inicial foi de um time só – o Liverpool, quando chegava ao ataque, não levava perigo algum.
Veio a etapa final. Aos 9′, Gerrard cabeceou firme no canto esquerdo de Dida. Dois minutos depois, Vladimir Smicer chutou forte de fora da área e deixou o jogo em 3 a 2. E passados 120 segundos, Gerrard invadiu a área, foi derrubado e o juiz marcou a penalidade. Xabi Alonso bateu, Dida defendeu e no rebote o espanhol marcou. 3 a 3!
O Liverpool sofreu um apagão nos 45 minutos iniciais de jogo. O apagão do Milan durou seis minutos – dos 9′ aos 15′. E podemos dizer que o time italiano jogou melhor, criou as melhores chances e pôde construir um placar maior, mas o time de Rafa Benitez foi mais cirúrgico.
Os defensores do Liverpool, em diversas oportunidades do jogo, chegaram a tirar a bola em cima da linha do gol. Dudek fez um milagre inacreditável na prorrogação – defesa que até hoje ele não sabe explicar como realizou –, em dois lances, após cabeçada e rebote de Shevchenko.
O jogo foi para os pênaltis.
Sérginho, Pirlo e Shevchenko perderam para o Milan. Do lado Liverpool, só Riise parou em Dida.
Não deu outra… O destino estava traçado para o time inglês.
Liverpool pentacampeão da Champions, após operar um milagre em Istambul.