Uma sexta-feira santa um tanto agitada na cúpula do Barcelona. Seis dirigentes renunciaram aos seus cargos, com fortes críticas direcionadas ao presidente Josep Maria Bartomeu sobre a forma do clube lidar com a situação da pandemia, após a redução da receita do corte de 70% nos salários dos jogadores.
Dos seis dirigentes que saíram, dois eram vice-presidentes do clube. Todos reivindicavam a convocação de novas eleições no Barcelona, com urgência – Bartomeu é presidente desde 2014, reeleito, e não pode se candidatar nas eleições do ano que vem. A situação se agravou após o clube por contratar uma empresa terceirizada para monitorar a cobertura das redes sociais do Barcelona.
Mas a crise não foi instaurada agora. Ela só ganhou tamanho.
Em fevereiro, vieram a público os atritos entre Messi e Abidal. O dirigente francês deu uma entrevista criticando os jogadores, e o craque argentino rebateu em suas redes sociais. O assunto, na época, se dava em relação à demissão de Valverde.
Segundo Abidal, a diretoria catalã tinha a intenção de demitir Valverde desde dezembro do ano passado, mas o Barcelona só concretizou a saída no dia 13 de janeiro, após decepcionar na Supercopa da Espanha. Isso irritou Messi, que criticou a direção por “não saber assumir seu papel de culpa neste momento difícil da temporada”.
Em suma, as críticas a Bartomeu partem do corpo de atletas (representados por seu líder) e se estendem ao grupo de dirigentes do clube. A crise foi instaurada, num momento crítico do país e do esporte.