No sábado, Santos e Palmeiras fizeram um clássico sonolento, como já era esperado. A incapacidade do Palmeiras fez com que tivéssemos a impressão de que a equipe de Jesualdo Ferreira tivesse mudado. De fato, houve uma melhora – uma leve melhora –, mas nada que exaltasse os ânimos do torcedor.
Ontem, o Santos estreou na Libertadores contra o Defensa y Justicia-ARG, time comandado por Hernán Crespo, fora de casa. Venceu de virada, na base do contragolpe, a partir de mudanças promovidas por Jesualdo Ferreira. O resultado é ótimo, mas o rendimento santista até aqui é preocupante.
Até o intervalo da partida, o Santos era péssimo. Mal assustava o adversário. Somente na metade da etapa complementar conseguiu pegar a defesa do oponente desprotegida para deixar tudo igual. Virou o jogo da mesma forma, aproveitando as poucas oportunidades em que o time argentino cedia espaços.
Jesualdo já se apresentou ao futebol brasileiro com um estilo conservador. Evidentemente que, no fim, o que importa é o resultado; mas é importante frisar: o bom futebol que o Santos tinha na temporada passada ainda se mostra tímido neste ano.