Ronaldinho integra o hall dos maiores jogadores de todos os tempos. Venceu praticamente tudo o que disputou: conquistou títulos de proporção mundial, continental, nacional e estadual, pela Seleção Brasileira e pelos clubes que defendeu. Por onde passou, conquistou alguma coisa. Inclusive, é o único na história a conquistar a Champions e a Libertadores.
Ronaldinho foi eleito melhor do mundo pela Fifa duas vezes. Ídolo do Barcelona, quebrou protocolos e paradigmas, como pousar numa foto com o ex-clube ou ser aplaudido de pé pela torcida adversária.
Ronaldinho foi único. Dentro de campo, era dono de um estilo mágico, de muitos dribles e gols. Como jogador, não se envolvia em polêmicas. Fora das quatro linhas…
Prestou apoio político, nas últimas eleições, e por conta disso teve sua imagem desassociada ao Barcelona.
Neste ano mesmo, Ronaldinho virou réu em uma ação civil coletiva por pirâmide financeira. Sua empresa, a 18kRonaldinho, bloqueava o dinheiro de clientes que investiram em suas atividades, desde o ano passado. A ação pede R$ 300 milhões por danos morais e materiais por causa de sua ligação com a empresa.
E, agora, vem o episódio da prisão. Imagino que Ronaldinho tenha sido refém dos descuidos de seu irmão Assis, que gerenciava a carreira do atleta. Eu não acredito que alguém seria estúpido o bastante para tentar burlar a polícia federal com um passaporte falso.
Hoje, Ronaldinho celebra seus 40 anos vivendo um dos piores momentos de sua vida. E mesmo preso no Paraguai, a imagem de um ídolo não foi apagada.