O Corinthians, em novembro do ano passado, projetava encerrar a temporada com um déficit de R$ 145 milhões. Os números finais ainda não foram divulgados pelo clube – o balanço das receitas do clube deve sair em abril. No orçamento de 2020, a expectativa era de que esse prejuízo caísse para R$ 21 milhões até dezembro.
Começar o ano com uma dívida gigantesca é ruim. Projetar o próximo ano com a certeza de que seguirá com as contas negativadas é pior. E o maior agravante se dá nas pretensões da diretoria para esse ano, e algumas já não serão cumpridas.
Além de bilheterias e direitos televisivos, o Corinthians conta com premiações nos torneios que participa. Uma delas era alcançar as oitavas de final da Libertadores. Bom, caiu na fase prévia da competição, e assim deixou de receber cerca de R$ 22,8 milhões. O valor leva em conta as perdas com quatro jogos de bilheteria (uma média R$ 1,4 milhão por jogo) e a premiação da Conmebol (gira em torno de R$ 17,2 milhões até o fim da fase de grupos).
Entre outras metas, há também uma boa colocação no Campeonato Brasileiro (precisaria terminá-lo, pelo menos, na 7ª colocação) e as oitavas de final da Copa do Brasil.
Mas para cumprir as metas em receita, é preciso jogar; mas a pandemia do novo corona vírus impactam, também, diretamente nas contas do clube do clube do Parque São Jorge.
Sem jogos, sem bilheteria, sem receita.
Deu sorte de, em tempos sombrios, conseguir vender Pedrinho para o Benfica por € 20 milhões (o que na atual cotação representa cerca de R$ 109,4 milhões).