Cobramos medidas levadas pelo bom-senso dos dirigentes do mais alto escalão do esporte, mas isso não exclui a responsabilidade que os atletas também têm em meio a essa pandemia. Diante do atual cenário mundial, Lionel Messi comunicou que ele e o restante do elenco do Barcelona reduzirão seus salários em 70% enquanto continuar o estado de alarme na Espanha. “Vamos fazer contribuições para permitir que os funcionários do clube recebam 100% dos seus pagamentos”, declarou o craque argentino.
Na Espanha, a situação é muito mais crítica que no Brasil. Até por isso, entende-se que há maior sensibilização por parte dos jogadores. Já por aqui, é diferente. Clubes negociam com atletas acordos trabalhistas para reduzir salários e direitos de imagem, pois uma boa parte das fontes de receitas estão se esgotando. A iniciativa, contudo, foi mal recebida principalmente pelos atletas de elite, com os maiores vencimentos. Em razão disso, alguns clubes brasileiros se movimentaram para antecipar as férias de seus jogadores.
O Barcelona não foi o único clube europeu a realizar acordo com os atletas. Na Alemanha, Bayern de Munique, Borussia Dortmund e Borussia Mönchengladbach também já concordaram em reduzir seus salários durante o período em que a Bundesliga estiver suspensa.