É preciso ter muito cuidado ao proferir as palavras de que 2019 foi um ano bom para o Flamengo. Bom para quem?
É bem verdade que as conquistas dos campeonatos estadual, nacional e continental apontam para um saldo amplamente positivo no ano. Ainda mais quando o rubro-negro pôde medir forças frente ao melhor time do mundo, o Liverpool.
Dentro de campo, mostra-se muito à frente dos demais clubes do país. Com um treinador estrangeiro, que fez questão de resgatar a verdadeira essência do futebol brasileiro — de posse de bola, dribles, velocidade — um estilo que foi perdido ao longo dos anos, o Flamengo se tornou exemplo para todos os times do Brasil.
Mas isso dentro de campo.
Para mim, 2019 não pode se resumir apenas aos títulos conquistados. Afirmar isso, é se negar a lembrar do que aconteceu no Ninho do Urubu, episódio muitas vezes esquecido em função das comemorações dos troféus; mas as famílias não esquecem, até porque ainda aguardam pela indenização do clube.
Dinheiro, realmente, não falta. Recebeu uma bolada de quase R$ 150 milhões só em premiações nesta temporada.
O que falta? Indenizar. Apenas isso.