E caiu com pouquíssima dignidade.
O que vimos no Mineirão foi o pior episódio da história do Cruzeiro. Foi o resultado da péssima gestão do clube mineiro em 2019, cuja diretoria abusou do número de erros cometidos ao longo do ano, que vão desde as irregularidades já denunciadas até as péssimas decisões tomadas. Tudo isso impactou de forma absolutamente negativa no desempenho dos jogadores em campo.
Vergonhoso.
Vergonhoso se aproximar do centenário em uma situação como essa, ainda mais com um elenco milionário.
Vergonhoso, também, é o que aconteceu nas arquibancadas do Mineirão, alguns retratos do que há de pior na sociedade brasileira. E o que piora esse desfecho melancólico é o fato de a partida terminar antes do fim, pois o policiamento do estádio não dava conta de garantir a segurança de jogadores e de torcedores que, de fato, foram ao estádio para torcer.
Mas o que eu realmente quero enfatizar que a queda celeste não se deu de poucas semanas para cá. A construção deste enredo tem início no primeiro semestre, e ganhou maior proporção com os escândalos extracampo e as crises administrativas.
É fato: tudo reflete no campo. O Cruzeiro não vence uma partida desde o dia 31 de outubro (vitória sobre o Botafogo por 2 a 0). Desde então, foram nove jogos e só conseguiu marcar dois gols (o último, contra o Santos, na derrota por 4 a 1, em 23 de novembro).
Os jogadores têm, evidentemente, parcelas de culpa; mas os maiores culpados são os dirigentes.