No Rio, quando a festa do título da Libertadores encaminhava para o fim, chegou a notícia de que o Flamengo já era heptacampeão brasileiro. Fim de semana mais perfeito do que esse não existe.
Desde 1963 uma equipe não conquistava os principais campeonatos nacional e continental no mesmo ano. O feito único era do Santos de Pelé, que foi campeão da Taça Brasil e da Libertadores. No entanto, há uma diferença: o time da baixada santista havia vencido as edições anteriores dos dois torneios em 1962, e por isso já entrou nas semifinais das duas competições no ano seguinte.
Mas fato é que aquele Santos de Pelé era indiscutivelmente reconhecido como melhor equipe do mundo.
E Jorge Jesus, tão criticado por seus colegas de trabalho, resgatou valores do futebol brasileiro que foram perdidos ao longo dos anos. Aquele jogo bonito, ofensivo, de muita posse de bola, passes rápidos e velocidade dos atacantes. Isso perdeu espaço no Brasil, e o que ganhou destaque foi o pragmatismo. Tudo por resultado.
Jesus provou que o melhor jeito de ganhar jogos é, realmente, jogando bonito.
E também defendo que, embora o Flamengo tenha um elenco recheado de ótimos jogadores, muitos treinadores não saberiam o que fazer com esse grupo. Ou seja, não teriam os mesmos resultados de Jesus, que tirou proveito do maior potencial de cada atleta e credenciou muitos à Seleção Brasileira.
Foi o fim de semana perfeito do Flamengo.