Criticamos bastante o futebol brasileiro pelo seu alto número de trocas de treinadores, e com razão porque o índice é absurdo mesmo. Já chegamos muito perto de ter uma média de um técnico demitido a cada rodada do Campeonato Brasileiro deste ano.
Isso acontece por falta de bons resultados imediatos, conflitos com atletas ou projetos de outros clubes e seleções que seduzem esses profissionais.
Admiramos a permanência de técnicos que ficam em seus clubes por mais de uma temporada, como Renato Gaúcho, no Grêmio. E para mim, isso é ficar encantado com tão pouco… Os casos que merecem reverências são aqueles como os de Wenger, no Arsenal, de Alex Ferguson, no Manchester United, de Telê Santana, no São Paulo. E isso não vai acontecer por aqui, porque chega uma hora em que o técnico não consegue mais progredir com o trabalho.
Recentemente, Felipão não conseguia tirar o melhor futebol do Palmeiras. Ou então, Mano Menezes, no Cruzeiro, pediu para deixar o clube porque suas ideias não estavam mais sendo postas em práticas.
Agora, Carille caiu, mesmo após conquistar três Paulistas e um Brasileiro, em duas passagens. Quatro títulos em seus primeiros três anos como técnico, com um time limitado, sem nenhuma estrela do futebol nacional. Um feito para poucos.
Mas chegou o momento em que Carille se esgotou. Os boatos dos bastidores diziam que havia perda do vestiário, mas não era só isso. O Corinthians, entre dirigentes, comissão técnica e jogadores, vive uma total confusão de novela das nove.
No fim, o treinador sempre sai como maior responsável pela má fase do clube. Pelo menos, Andrés reconhece que é preciso fazer mais mudanças no Corinthians.
Agora, é planejar o futuro.