Ao falar de Seleção Brasileira, hoje, é impossível ignorar o desempenho de Tite. Já são cinco jogos sem vencer, de modo que no último, diante do maior rival, deu demonstrações de um típico super apático, preguiçoso e sem grandes pretensões.
Boa parcela disso atribui-se aos jogadores, mas o trabalho de Tite nunca foi tão questionado. Não exigimos uma seleção que vença amistosos – afinal, isso mascara o que requisitamos dos melhores atletas do país. Exigimos um time que jogue futebol.
Pensando nisso, o momento de Tite na Seleção é definido por uma dicotomia: ou Tite muda o Brasil ou o Brasil muda Tite. O que mais se cobra do treinador, desde a convocação para a Copa América, é a renovação do grupo de atletas. Aquela lista de convocados deixava claro que o treinador buscaria o título do torneio a todo custo, para que sua situação fosse amenizada. Bom, foi campeão e agora volta a ser pressionado, sem apresentar evoluções.
De fato, Tite fez muitos testes. Foram 62 convocados depois da Copa do Mundo, sendo que 32 deles (basicamente a metade) n]ao haviam sido sido chamados antes. Ainda falta testar mais gente que vive em alta, mas o processo de renovação segue cada vez mais lento, e nós sentimos seus efeitos somente nos finais das partidas, quando, faltando cinco minutos para acabar confronto, o treinador coloca-os em ação. E ainda vale ressaltar que muitos são testados em posições diferentes das quais estão acostumados a jogar em seus clubes.
Demitir Tite, agora, não é a melhor saída. A evolução deve partir do próprio treinador. Ele precisa ter mais sensibilidade, rever seus critérios e traçar um novo plano para o Brasil. A CBF, por sua vez, também não pode limitar seu trabalho – como seguir com o Campeonato Brasileiro durante as datas Fifa.