São Paulo e Corinthians duelaram nesta noite e não fizeram um bom jogo; mas, no fim, teve um vencedor: o time tricolor. O placar foi justo pelo o que os comandados de Fernando Diniz fizeram na partida, embora o gol decisivo tenha surgido de um pênalti, que de fato existiu, mas que não deveria ter sido apitado, visto que houve uma falta a favor do Corinthians na origem do lance.
Realmente, o Corinthians não merecia a vitória. Finalizou à meta adversária apenas três vezes. Já o São Paulo, foram 18 chutes ao gol de Cássio (porém apenas cinco foram no alvo).
A marcação alta estruturada por Diniz foi o trunfo para a atuação positiva do São Paulo. A equipe tricolor, em diversas ocasiões, se aproveitava dos erros de saída de bola do alvinegro. No entanto, não conseguia concluir a gol.
Além disso, no intervalo, o São Paulo fez a leitura correta da partida, de que deveria atacar o Corinthians pelos lados do campo, uma vez que a defesa de Carille estava bem organizada pelo meio.
Se a defesa corintiana era bem organizada, o ataque precisava de orações. O Corinthians não tem um meia armador, e isso faz muita falta. Nem Love nem Clayson são armadores. São definidores. E ambos jogavam recuados, com o time marcando na intermediária defensiva, e não conseguiam armar contragolpes porque essa função não se enquadra em suas características.
Quem fazia um papel de armador era Vital, cuja maior qualidade é de cadenciar a posse de bola. Além disso, Matheus Jesus já mostrou que é talentoso, mas ainda está longe de apresentar todo o seu potencial.
Já o São Paulo, aos poucos vai ganhando a cara de Fernando Diniz. Espera-se ter mais posse de bola e consciência do que fazer quando tiver que tomar as ações. Vimos um time que trocava muitos passes e pouco agredia.
Como Carille definiu após o jogo, incrivelmente o Corinthians está em quarto no Brasileiro. O São Paulo, em quinto. Isso representa duas coisas: em primeiro lugar, as duas equipes têm muito o que melhorar; em segundo, com os dois times no G-6, apresentando o que vimos nesta noite, vemos em que pé está o nível do futebol brasileiro.