texto e fotos: Vagner Aquino
Apesar de ser datado de 2015, o visual ainda é bastante atual, principalmente depois do facelift que ganhou neste ano. Agora, alinhado aos demais integrantes da família (vulgo 3008 e 5008), o Peugeot 2008 ganhou em modernidade, mas continua deixando a desejar em porte e espaço.
Ele mais parece um station wagon com suspensão elevada que um puro SUV. Suas medidas são tão restritas quanto seu espaço para os ocupantes traseiros. Cobrar quase R$ 90 mil (mais precisamente, R$ 85.490 na configuração avaliada Allure Pack) por um modelo com tantas limitações frente à concorrência não parece lá muito justo. Talvez seja um dos motivos pelos quais a Peugeot não emplaca no Brasil. Se você tem má fama, faça como os chineses e ofereça algo extra para atrair clientes…
Bom, mas não estamos aqui para falar qual a maneira correta ou não de vender carros, mas avaliá-los. E, indo direto para debaixo do capô, finalmente a Peugeot acertou no conjunto. Muito mais inteligente acoplar o motor 1.6 (aspirado, com quatro cilindros) ao câmbio automático de seis velocidades – até o ano passado, a transmissão tinha míseras quatro relações, aliás, de péssima operação.
Com 118 cv de potência máxima, o propulsor não empolga. O torque de 16,1 mkgf também não faz do 2008 o mais esperto da categoria, pois há outros modelos com relação peso/potência mais equilibrada e que entregam torque mais cedo, o que, consequentemente, torna a condução mais agradável.
Não que o 2008 seja ruim, pelo contrário. Seu bom acabamento trata muito bem motorista e ocupantes (salvo, pelo espaço traseiro, conforme supracitado), assim como a tecnologia a bordo e a excelente posição de dirigir, facilmente encontrada por meio dos controles de altura do banco e volante. Este, aliás, é o grande trunfo do 2008. Pequeno. Com boa empunhadura.
Para o mês que vem, foi prometida a configuração THP, turbo, combinada com câmbio automático de seis velocidades. Finalmente a marca enxergou que o câmbio manual já não é mais tão procurado, como era nos anos 2000.