Em 2016, quando Tite assumiu o comando da Seleção, atribuiu à sua equipe um futebol inovador. Era, de fato, uma novidade para os brasileiros, um estilo de referências europeias, que rendeu grandes resultados.
Esses resultados não eram restritos, apenas, a placares numéricos; mas a desempenho. O Brasil chegou à Copa do Mundo bem, com sua imagem reconstruída graças ao excelente trabalho de Tite. Na Copa do Mundo, o treinador teve muitos aprendizados, postos em prática na Copa América, vencida com méritos.
No entanto, o sucesso inicial do treinador se dava por conta de seus critérios. Como dito anteriormente, Tite foi inovador para a Seleção, e a partir do momento que passou a ter atitudes que iriam contra aqueles critérios, apresentados no início do trabalho, sua equipe começou a oscilar.
Mesmo quando o Brasil viva seus altos e baixos, havia alguma justificativa; uma falha detectada que, posteriormente, seria corrigida. Agora, temos uma Seleção irreconhecível.
O que mais necessitamos, nesse momento, é de uma renovação no Brasil, em sua composição e em sua maneira de jogar. Desde a Copa América, o Brasil não venceu: quatro jogos, três empates e uma derrota. Mostrou-se sem criatividade, pragmático e fragilizado.
Na mais recente partida, contra a Nigéria, via-se em campo o mesmo time que disputou a Copa América. A exceção foi Renan Lodi – único destaque positivo até aqui. E a razão, a meu ver, de o Brasil caminhar em direção às sombras é justamente não se renovar.
Quando Tite chegou à Seleção, levou o país em direção às luzes porque apresentou inovações. Hoje, mostrando mais do mesmo, é lógico que seguirá no caminho contrário.
Tite precisa rever seus conceitos e seus critérios.
Tite precisa voltar a ser como foi em 2016.
E essas mudanças precisam ser aplicadas já!
Em novembro, o Brasil fará amistosos contra a Argentina e a Coreia do Sul. Serão os últimos confrontos em 2019.