No fim de semana, Roger Machado nos proporcionou uma aula sobre racismo estrutural da sociedade, como contexto à escassez de técnicos negros no futebol.
A fala do Professor Roger não deveria ser transmitida, apenas, quando dois treinadores negros se encontram à beira do campo. Isso deve ser pauta em todos os dias da semana.
Assim, nos questionaríamos cada vez mais sobre a falta de negros no alto escalão do futebol, em função da história mal resolvida do país diante das consequências da escravatura e da colonização, como muito bem apontou o treinador do Bahia.
Assim, promoveríamos a conscientização necessária da sociedade sobre o retrocesso em que vivemos atualmente diante das políticas públicas, “que nos últimos 15 anos foram instituídas, resgataram a autoestima dessas populações que ao longo de muitos anos tiveram negadas assistências básicas, e que estão sendo retiradas neste momento”, conforme pontou Roger.
Assim, evitaríamos todas as atitudes desumanas alastradas nas arquibancadas do Brasil e do mundo, como incessantemente repercutem nos noticiários — o caso mais recente, de ontem, aconteceu no jogo entre Bulgária e Inglaterra.
Isso é um apelo, e me incluo neste propósito. Novamente, reforço: precisamos falar sobre esse assunto mais vezes, e não somente quando dois treinadores negros se encontram à beira do campo.