Quando a Honda apresentou a primeira série do Accord, em 1976, dificilmente poderia prever que este carro se tornaria um estrondoso sucesso de vendas e marcasse a presença da montadora numa faixa de mercado das mais disputadas e das mais rentáveis. Mas foi isso que ocorreu e hoje o Accord, que chegou à 10ª geração, tem uma invejada (pelos concorrentes) posição graças a um conjunto muito equilibrado em todos os aspectos.
Assim, mecanicamente ele destaca o motor 2.0 turbo, de duplo comando variável e injeção direta, que tem 256 cv a 6.500 rpm e o ótimo torque de 37,7 kgm na faixa de 1.500 a 4.000 rpm. Isto torna seu desempenho bem agradável pela imediata resposta às solicitações do acelerador em quaisquer circunstâncias, auxiliado por um câmbio automático de 10 marchas que pode ser acionado manualmente por meio de borboletas localizadas atrás do volante. Vale lembrar que se trata do único carro de tração dianteira com câmbio de 10 marchas.
Por seu lado, a suspensão consegue unir estabilidade e conforto, num equilíbrio geralmente difícil de ser alcançado. Seu conjunto, com MacPherson na dianteira e um ótimo multi-link na traseira, enfrenta até mesmo a buraqueira das ruas de São Paulo sem muitos problemas. E a direção, dotada de assistência elétrica que atua de forma progressiva, tem a cada instante o grau de sensibilidade desejável mesmo pelo mais exigente dos motoristas.
Quanto ao conforto vale destacar a ótima insonorização geral, evidente fruto de um cuidadoso trabalho em laboratório, e a ergonomia dos bancos, tanto os dianteiros como o traseiro, formando um conjunto imune a críticas.
Em suma, para quem pode dispor de 204.900 reais, este Honda Accord é uma excelente opção…