Após ter sido apresentada no Salão de Genève do ano passado, a Toyota Corolla híbrida (motores
gasolina + elétricos) agora passa a usar combustível flex, e se torna pioneira neste campo que desfruta a particular condição da matriz energética brasileira.
O conjunto conta com um motor térmico 1.8 de 101 cv e dois motores elétricos de 72, produzindo a potência combinada de 123 cv e tendo emissões de CO² de apenas 29 g/km. E o consumo urbano foi reduzido em até 51%, chegando a 20,8 km/l, em função de uma eficiência térmica que beira 40%.
Paralelamente foi implementada toda uma nova tecnologia, com injeção direta e indireta alternando-se em função da utilização do motor, momento a momento, taxa de compressão de 13:1, curso longo dos pistões para incrementar o torque em baixas rotações e por aí afora…
No teste percebe-se a suavidade de condução deste Corolla híbrido, seu baixo nível de rúído que induzem inconscientemente o motorista a andar devagar e o tornam um excelente meio de transporte urbano. Este, como se sabe, é o terreno de trabalho mais adequado para a tecnologia híbrida se expressar com seu máximo rendimento. No percurso misto que fizemos (estrada e urbano) chegamos à média de 15,2 km/l.
No conjunto é importante destacar a introdução de suspensão traseira multi-link (que representa um inegável passo à frente tecnológico), enquanto a altura do solo foi aumentada em 4 mm e o baricentro baixado em 10 mm. Como resultado da introdução da nova plataforma TNGA,
que aumenta a rigidez torcional em 60%, percebe-se um carro mais agarrado ao chão, melhor de pilotar em condições esportivas. As dimensões gerais apresentam um crescimento de 10 mm no comprimento e uma redução de 20 mm na altura, resultando num design mais agradável e compacto, que deixa definitivamente no passado aquela impressão de “carro do tiozão” que marcara o Corolla desde sua chegada ao Brasil nos idos da década de 90.
Aliás, lembrando que o Corolla é um projeto da década de 60 (sua estréia ocorreu em 1966 e daí para a frente se sucederam as gerações, sempre num constante aperfeiçoamento do produto) é fácil imaginar que, em seu estréia, nem mesmo o mais entusiasmado dos dirigentes nipônicos ousasse prever tamanho sucesso.
Até hoje, com efeito, chegando á sua 12.a geração, foram produzidos 45 milhões de Corolla, tornando-o o recorde mundial da industria automobilística. A título de comparação, a saga do Fusca, que se estendeu ao longo de 65 anos, tinha produzido 21.529.464 carros !
Os preços são os seguintes: