Tite fez uma convocação cheia de novidades e testou poucas nos jogos. Isso porque queria ganhar os confrontos – tanto que, frente à Colômbia, fez uso de três substituições das seis que tinha à disposição.
Contra o Peru, mexeu bastante no time titular. O desgaste físico é um fator a ser considerado. Sobretudo, o que ficou claro para mim sobre o processo de renovação da Seleção é que ele vai acontecer de uma forma bem mais lenta do que eu esperava. No ataque, as mudanças são mais evidentes e, aos poucos, jovens como Paquetá e Vinícius Jr. vão ganhando oportunidades para, em poucos minutos, mostrarem serviço.
A defesa foi o setor mais alterado, com as entradas de Fagner e Militão. A transição no setor defensivo se tornou preocupante nesses jogos pelo fato de o Brasil apresentar falhas inéditas. Talvez seja essa a maior lição tirada por Tite desses dois confrontos.
Por outro lado, vejo que boa parte dos testes promovidos por Tite foram variações táticas. Neymar entrou no segundo tempo contra o Peru para atuar como um meia centralizado. Alternativa interessante.
De todo modo, o Brasil decepcionou: dois jogos, nenhuma vitória.
A terceira derrota de Tite no comando da Seleção.
Mas para isso servem os amistosos: para realizar testes. Ainda restam mais dois jogos até o início das Eliminatórias, em março do ano que vem, quando tudo passa a valer de verdade.