A classificação para a final da Copa Sul-Americana quase foi uma realidade para o Corinthians. A equipe de Carille fez um primeiro tempo muito bom, fazendo valer as apostas do treinador em jogadores mais cascudos. Ralf foi impecável na etapa inicial; Love e Boselli faziam uma boa dupla de avantes; Ramiro exercia bem o trabalho de subir a marcação. Faltou mais um gol, que poderia ter saído de uma finalização de Boselli, para fora, ou da cabeçada de Avelar, no goleiro, ou do chute de direita de Love, na trave.
Um gol mudaria todo o rumo da partida no segundo tempo. Pelo histórico, o Corinthians jogaria fechado e apostaria em contragolpes para matar o jogo ou, simplesmente, levar a decisão para os pênaltis.
Mas era preciso buscar o placar.
E assim, no ataque, com a defesa exposta, o Corinthians cometeu lambanças defensivas que sucederam o gol equatoriano. Conseguiu um penal, ficou à frente no placar, mas uma nova bobeada da zaga dizimou qualquer chance de classificação ao alvinegro.
Moral da história: devido à péssima atuação em Itaquera, o Corinthians foi ao Equador sem margem para erros. Errou duas vezes. Deu nisso.
Foi o preço por ter feito uma partida tão ruim como mandante. Saiu caro, pois a premiação em dinheiro seria viável para quitar as dívidas financeiras do clube.