Carille, no início do ano, tinha um projeto claro: primeiramente, ele solidificaria o sistema defensivo e, somente depois de pronto, dedicaria seus esforços à parte ofensiva. Hoje, o plano do treinador ganha cores.
A marcação corintiana é elogiável, com duas linhas de quatro (Gabriel e Júnior Urso dão ‘botes’ nos adversários, enquanto os demais fecham as linhas de passe); mas o que vimos, hoje, em Itaquera foi um Corinthians diferente, que propôs o jogo durante os 90 minutos. Frente ao Internacional, na semana passada, o alvinegro era apático, criando raríssimas oportunidades ao gol adversário.
Diante do Botafogo, foram 19 finalizações à meta protegida por Gatito Fernández, sendo nove dessas no alvo. A figura principal para a construção desse número foi Pedrinho, melhor em campo. Com jogadas individuais, participou dos dois gols corintianos da partida – deu assistência para o primeiro, de Boselli.
Além disso, as apostas de Carille deram certo hoje. Ele insistiu tanto em Everaldo que hoje veio o resultado positivo.
O que me preocupa e é importante destacar: existe um desequilíbrio entre o lado direito e o esquerdo do Corinthians. Hoje, a dupla da ala esquerda alvinegra foi Carlos Augusto e Everaldo – ambos foram muito bem -, e mesmo com Danilo Avelar e Clayson, existe um contraste nítido em relação à dupla Fágner e Pedrinho.
De todo modo, frente ao Botafogo, o Corinthians teve uma ótima atuação.