Com a vaga garantida na semifinal da Copa Sul-Americana, o Corinthians mostra até aqui o seu padrão de jogo, especialmente em confrontos decisivos.
É simples: em 90 minutos, o mais importante é não sofrer gols. Por isso, joga com a defesa absolutamente compacta, como aconteceu no duelo de ida, em Itaquera. Na volta, no Maracanã, criou mais jogadas, mas ainda assim apostou em contragolpes.
Fato é que os atletas cumprem bem as propostas do treinador. A meu ver, Carille desconstrói o conceito de que só jogam bem as equipes de estilo ofensivo. Em alguns casos, como bem visto, é preciso não sofrer gols.
A crítica que faço é relacionada a alguns pontos perdidos pelo Corinthians de modo desnecessário. Contra o Avaí, se defendeu sem necessidade. Poderia sair com três pontos daquele duelo tranquilamente. Já contra o Fluminense, o time carioca jogou dentro de suas limitações – meias apagados na criação, com estreia de Oswaldo de Oliveira e com o time escancarado em uma crise, na zona de rebaixamento do Brasileiro.
Hoje, o Corinthians diz que também brigará pelo título Brasileiro; mas, para conquistar as duas competições, é preciso rever esses aspectos e deixar de desperdiçar tantos pontos.