O mundial de MotoGP volta domingo, com o 20º GP da Grã Bretanha que, na verdade, será o 19º a ser disputado na pista de Silverstone pois a corrida do ano passado foi cancelada em função das fortes chuvas e da impossibilidade do asfalto drena-la. Foi um verdadeiro vexame que os organizadores esperam agora cancelar…
O primeiro Gp de moto em Silverstone foi disputado em 1977, posto que antes se corria no circuito do Tourist Trophy na Ilha de Man e sucessivamente (de 1988 até 2009) em Doinington. Em 2010, 23 anos após a primeira edição, este Gp voltou a Silverstone, numa pista amplamente modificada, que agora mede 5.900 metros, sendo a mais longa do mundial, e que tem 10 curvas à direita e 8 à esquerda. Ela alterna retas de alta velocidade e curvas, como Stowe, Copse, Club, além da “S” de Becketts, que figuram entre as mais conhecidas de todo o campeonato. Embora seja mais lenta que a versão anterior, é ainda a mais rápida de todo o mundial e tem um encanto todo especial.
Oriunda de um aeroporto militar utilizado pela RAF durante a guerra, foi criada unindo as pistas de decolagem com várias curvas, tornando-se extremamente veloz, a ponto de ser posteriormente modificada várias vezes para diminuir a velocidade, até chegar ao traçado atual.
Localizada no Northamptonshire, a cerca de 70 milhas de Londres em direção nordeste, é famosa por ter sediado a 13 de maio de 1950, e portanto 70 anos atrás, a primeira corrida do mundial de F.1, com vitória de Nino Farina, com Alfa Romeo 158.
No histórico da MotoGP, os maiores vencedores neste circuito são Kenny Roberts e Jorge Lorenzo que, por sinal, volta agora ao mundial após o grave acidente que o
manteve bom tempo longe das pistas. Cada um venceu em 3 oportunidades.
O clima tem sido muitas vezes o grande protagonista desta corrida, como se viu no ano passado quando o asfalta não tinha condições de drenar toda a água que caia do céu e obrigou os organizadores, após um grave acidente no sábado com Tito Rabat, a cancelar de vez a corrida tendo em vista o perigo iminente de novos acidentes.
Foi um papelão de âmbito internacional que teve o mérito de forçar a troca de todo o asfalto, o que leva agora os pilotos a encararem este GP sem nenhum conhecimento prévio das condições da pista.
Assim, por exemplo, a Michelin levou um set à mais de pneus, sendo um macio, um médio e dois duros e alterou também sua construção, com os dianteiros médios e duros sendo simétricos enquanto os dianteiros macios e todos os traseiros são assimétricos, com o ombro direito mais duro.