Fotos externas: Vagner Aquino
texto:Vagner Aquino
Tradicional na produção de veículos 4×4 desde o século passado, a Jeep se rendeu aos encantos dos SUVs urbanos e, em 2015 passou a fabricar o Renegade. O sucesso foi tanto que a montadora não parou por aí e, dois anos mais tarde, lançou o Jeep Compass. Um sucesso! Já no primeiro mês de vendas, o modelo liderou a lista da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) e permaneceu como o utilitário mais vendido do Brasil durante alguns meses em 2018.
Prestes a ganhar mais equipamentos de série nas configurações 2020 – que já deve estar apontando nas revendas da Jeep no País – o exemplar da montadora norte-americana (com fábrica no Brasil, mais precisamente em Goiana, Pernambuco), claro, não poderia ficar de fora de nosso test-drive. Afinal, nada como avaliar as aptidões do utilitário para saber se é tão bom quanto promete.
Fotos internas: divulgação
Avaliamos a configuração topo de linha com motor flexível, Limited. O modelo não sai por menos de R$ 146.990 e traz na lista de equipamentos de série teto solar, assistentes de faixa e estacionamento, sensor traseiro, ar-condicionado automático e digital com duas zonas e saída traseira, assistente de partida em rampa e freio de estacionamento elétrico entre os itens.
Mais em conta que as versões movidas à diesel, o exemplar das fotos tem motor 2.0 com alimentação flexível e quatro cilindros em linha. São 166 cv de potência máxima (etanol) e torque com pouco mais de 20 kgfm. O jipe fica devendo um pouco em desempenho, mas é algo natural num modelo de quase 1.600 quilos empurrado por um propulsor bicombustível. Como você já deve ter deduzido, o concorrente de Chevrolet Equinox, Hyundai ix35, Kia Sportage e companhia bebe bem! Mal passou dos 6 km/l na semana de avaliação
O comportamento de suspensões agrada bastante. Espaço e silêncio a bordo também são destaque.
Ao volante, a boa ergonomia se faz presente. A posição ideal para guiar é facilmente encontrada por meio das regulagens de bancos e retrovisores (elétricas) e do volante.
O entretenimento é garantido. Tem bluetooth, entradas USB e auxiliar, além de espelhamento de celular. Tudo, de maneira intuitiva. As funções, inclusive do ar-condicionado automático digital, se concentram na tela central touch screen de 8,4 polegadas.
Ainda no âmbito tecnologia, o porta-malas tem abertura e fechamento automático, o que facilita aquele momento em que você sai do shopping ou do supermercado cheio de sacolas nas mãos e, de quebra, não precisa descer a (pesada) porta traseira manualmente. Aqui, isso não é problema.
No visual, como se pode notar nas imagens, parrudez e imponência ditam o tom. Grade preta com detalhes cromados e os faróis de LED com máscara negra vêm de série nesta configuração, assim como o teto (panorâmico) pintado de preto e as rodas de 18 polegadas.
Não é à toa que o Compass consegue tão bons números de vendas. Une bom preço, boa lista e o tradicional espírito aventureiro da Jeep. Aliás, aqui, só o espírito, porque aventura, mesmo, só na configuração diesel 4×4.
