O Santos não se tornou líder do Campeonato Brasileiro da noite para o dia. Eu diria que, há um bom tempo, o trabalho de Sampaoli vem atravessando uma curva de crescimento, apesar de ter sofrido derrotas expressivas no caminho até aqui.
Dentre as apostas realizadas pelo treinador, uma se comportou bem e se estabeleceu: o jogo vertical. O Santos tem um caráter extremamente ofensivo, com variações táticas que não alteram a postura da equipe em campo, mas que alternam o estilo de jogo.
Contra o Botafogo, aparentava estar em um 3-5-2, com Lucas Veríssimo aberto pela direita. Já frente ao Avaí, o Santos era esquematizado em um 4-1-4-1, que mais parecia um 2-3-4-1, com Alisson de primeiro volante, linha de quatro homens com Derlis González, Carlos Sánchez, Diego Pituca e Soteldo no meio, e Sasha como centroavante.
Isso prova a versatilidade que a equipe tem para realizar essas variações táticas. Aspecto, esse, com a marca de Sampaoli, pois este time, nas mãos de um treinador mediano do futebol brasileiro, seria absolutamente comum.