Domingo volta o mundial de Fórmula 1, após a breve e tradicional pausa de verão, com a realização do GP da Alemanha, no circuito de Hockenheim. Uma pista que foi inaugurada no longínquo ano de 1932 mas que muitas vezes não foi usada para disputar o GP da Alemanha, tanto em função de acidentes fatais como de divergências financeiras.
Os acidentes mais importantes ocorreram em com Jim Clark, que saiu da pista e se chocou com as árvores às margens, vindo a falecer (a curva em questão, denominada “curva do camarão”, foi rebatizada “curva Jim Clark”) e com Didier Pironi. Este, em alta velocidade, bateu no carro de Alain Prost, que estava andando muito devagar e sofreu múltiplas fraturas. Os médicos conseguiram salvar-lhe as pernas, mas sua carreira de piloto acabou aí.
Quanto às divergências financeiras, estas, por exemplo, foram responsáveis pela não utilização do circuito em 2007, 2015 e 2017, tendo voltando ao calendário do mundial apenas no ano passado.
Localizado nas proximidades de Heidelberg, originariamente era um traçado de 12 km, de formato triangular, mas com o passar do tempo foi sendo modificado e tornado mais difícil. Isto ocorreu em 1938, 1965 e 2002 e hoje se apresenta com 4.574 metros, sem variações altimétricas mas com algumas ondulações do piso
O circuito tem 5 trechos rápidos que se alternam com 4 curvas lentas e um outro trecho, denominado “Motodrom”, pois passa ao lado de uma grande arquibancada, muito técnico. Isto obriga os técnicos a escolher regulagens que permitam ter estabilidade nas partes rápidas e reatividade nas lentas. Quem consegue o melhor compromisso leva clara vantagem, sobretudo na tração em curvas lentas pois, em relação à frenagem, não se trata de uma pista muito exigente, com uma única freada bem forte antes da curva “Hairpin”.
O desenho do traçado permite usar toda a potência do motor por mais de dois terços da volta, o que significa que será importante verificar o consumo de combustível. E também muito importante será o cuidado com os pneus, os traseiros sendo bastante exigidos até mesmo em virtude das elevadas temperaturas, normais nesta época do ano.
O prognóstico é, em tese, favorável às Mercedes, e assim sendo a disputa ficará entre Hamilton e Bottas, cabendo aos demais pilotos lutarem pelo terceiro lugar no pódio.