Texto: Vagner Aquino
Fotos: Divulgação e Vagner Aquino
À época do lançamento do Argo, em junho de 2017, público e crítica julgaram o modelo pela semelhança com o Volkswagen Gol – comparação que não é ruim, diga-se. Mas, apesar de alguns pontos estéticos, o Fiat tem comportamento bem diferente do rival. Para esclarecer essa questão, resolvemos avaliar a configuração 1.3 do modelo.
Apesar da pouca litragem, o motor do Argo está longe de ser ineficiente. Tem boa pegada e não bebe muito. Fez a (boa) média de 13 km/l com gasolina no tanque, em ambiente urbano. Só é barulhento. Apesar do rodar suave, o isolamento acústico do veículo sofre com a invasão do ruído do propulsor, principalmente, quando em alta velocidade.
Por falar em velocidade, o Firefly permite ao Argo Drive chegar aos 100 km/h em 10,8 segundos. A velocidade máxima é de 184 km/h. Ambos os dados, quando abastecido com o derivado da cana-de-açúcar. A ficha técnica do modelo especifica que o quatro cilindros em linha rende 101 cv (gasolina) ou 109 cv (etanol). Em relação ao torque, são 13,7 kgfm e 14,2 kgfm, respectivamente, sempre a 3.500 rpm.
Ao volante
Sentado no banco do motorista é impossível não elogiar a ergonomia do Argo. Encontrar a melhor posição de dirigir leva poucos segundos. Volante (multifuncional) e banco têm regulagens. Os comandos são de fácil acesso e bastante intuitivos. A tela de LCD do quadro de instrumentos, por exemplo, exibe o velocímetro de forma digital para facilitar a visualização – mas é necessário notar se os dados exibidos estão em km/h ou em milhas.
Controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa e Start&Stop são opcionais no modelo, que também pode ser equipado com o kit Multimídia com tela central de 9” (este, custa R$ 2.200). Montada no centro do painel, a central multimídia tem tela pequena, porém, com mecanismos bastante fáceis e ágeis. Para quem gosta, uma das vantagens é a possibilidade de parear o smatphone (Android ou iPhone) por meio do sistema Uconnect. Com ele, é possível ler mensagens em aplicativos de conversas e relacionamentos, ouvir as próprias músicas e usar o próprio navegador GPS. Sim, se você estiver sem acesso à internet e não souber o caminho, volte no tempo e se informe no posto de combustível mais próximo…
Surpreendem, no Argo, o equilíbrio entre conforto e estabilidade. As suspensões são firmes, mas não chegam a bater seco e incomodar os ocupantes. A direção elétrica não é molenga e as frenagens são extremamente precisas. O porta-malas não é grande, comporta até 300 litros. Em resumo, o popular da Fiat é uma boa opção frente à concorrência, porém, é difícil enfrentar os adversários numa categoria tão repleta de modelos que possuem diversos predicados e ainda contam com a tradição a seu favor. Faltou o preço! A Fiat não cobra menos de R$ 53.690 pelo Argo Drive 1.3.