No GP de Monaco o britânico Lewis Hamilton, e atual líder do mundial, conquistou, de acordo com que disse após a corrida, sua “vitória mais difícil”. Com efeito, após uma boa largada que lhe permitiu assumir a ponta, aproveitando integralmente o fato de ter conquistado sábado a pole-position, começou a lamentar um desgaste anormal de pneus (ele e a equipe, no primeiro pit-stop tinha escolhido os médios, contra os duros dos seus mais diretos adversários) e um carro que saia excessivamente de frente.
Como direta conseqüência, sofreu o ataque contínuo de Verstappen, que estava desfrutando ao máximo o ótimo equilíbrio de sua Red Bull, e só conseguiu manter-se na frente pois em Monaco é quase impossível ultrapassar. Em outro circuito, certamente não o teria conseguido, e isto valoriza ainda mais o triunfo de Hamilton.
Ao final da prova Verstappen teve que “pagar” os 5 segundos de penalização que a direção da prova lhe infligiu “por conduta perigosa na pit-lane”. Ao sair após uma troca de pneu, estava com meio carro á frente de Bottas, e manteve a posição, obrigando o finlandês a tirar o pé por um instante para evitar uma batida.
Em minha opinião foi uma manobra absolutamente normal, mas a direção da prova assim não entendeu e praticamente tirou do holandês um segundo lugar que teria sido mais que merecido.
O segundo lugar ficou então com Vettel, que ficou vendo de perto o duelo entre os dois como quem espera o que vai acontecer, e o terceiro com Bottas. O que significa que aquela que teria sido a sexta dobradinha da Mercedes não se verificou, mas, de qualquer forma, os dois carros alemães estiveram no pódio, mostrando, no conjunto deste campeonato mundial, a continuidade de uma incrível superioridade sobre todos os demais concorrentes.
Um destaque especial cabe para Leclerc. O jovem piloto da Ferrari, que é natural do Principado e sempre sonhou em correr aí, “pagou o pato” do erro de seu box na sábado, quando, tendo obtido no começo do treino decisivo o sexto tempo, a direção da Ferrari entendeu que isso seria suficiente para passar ao Q2. Erro crasso, Leclerc, que nos treinos anteriores tinha demonstrado poder lutar pela pole, ficou de fora e no domingo teve que largar lá atrás. Fez uma corrida de recuperação, bastante agressiva, mostrando que mesmo em Monaco dá para ultrapassar e acabou sendo obrigado a desistir, após chocar-se com outro concorrente. Mas, até que esteve na pista, foi um espetáculo à parte…