Carile me surpreendeu. Armou o Corinthians com apenas um volante, o que deixou o time mais leve e ofensivo. Por isso, o primeiro tempo contra o Flamengo foi bom, muito diferente do que eu havia imaginado.
O que não dá para afirmar com convicção é que o Corinthians tenha jogado bem. Era, de fato, um time que passava mais tempo no campo de ataque, sufocando a saída de aproveitando os erros de passe do adversário; mas que pouco exigiu de Diego Alves.
O Corinthians armava contragolpes com pelo menos cinco jogadores para apoio. Já para contra-ataques sofridos, precisava de ainda mais fôlego para manter o mesmo nível.
Assim saiu o gol do Flamengo, numa jogada que foi trabalhada pelo rubro-negro por muito tempo, originada de um erro de ataque do Corinthians.
Além disso, a falta de criatividade corintiana era exorbitante. Boselli estava muito mal e Clayson muito aquém de sua melhor atuação. Antigamente, os times furavam bloqueios adversários com chutes de fora da área, o que poderia resultar em um escanteio, um rebote ou até em um frango do goleiro. Já o Corinthians, apostava no chuveirinho, sempre buscando Danilo Avelar.
Por fim, a estratégia de colocar um time com postura diferente foi muito interessante. Me surpreendeu. Para a volta, falta teabalhar — e muito a parte ofensiva — pois evidentemente que só se defender não vai adiantar.