Fotos externas e texto:Vagner Aquino
Fotos internas: Divulgação
Seus principais méritos são a lista de itens de série, que inclui ar-condicionado automático digital, direção elétrica e central de entretenimento com tela de 7″ e (pasme!) o consumo de combustível. O modelo em questão é o Citroën C3 Urban Trail. Com quase um ano de existência, a configuração não tem suspensão elevada, pneus especiais ou algo que o valha. É só estética. A mais que a versão convencional carrega apenas teto e colunas pintados em tom negro, para-lamas com molduras, rodas de alumínio com 16″ e design exclusivo e airbumps (proteção emborrachada que vai nas portas laterais).
Desde 2003 no mercado – e com poucas mudanças estéticas – o C3 agrada bastante ao volante. Aliás, por falar em volante, o mesmo não é multifuncional. Para mexer em comandos como o do áudio, por exemplo, deve-se recorrer ao ultrapassado (e não muito funcional) comando satélite.
A tela central também não é muito intuitiva e carrega um delay perceptível, principalmente, em comandos como trocas de faixa. E não tem GPS! Para tal ação, é necessário fazer espelhamento via Apple Car Play ou Android Auto.
O motor é o 1.6 Vti 120 Flex Start com 118 cv de potência máxima. O torque é de 16,1 mkgf a tardios 4.750 rotações. Não é tão esperto em retomadas e acelerações, mas está longe de ser um carro chocho.
ECONOMIA
Durante a avaliação, nosso registro foi de 12,3 km/l na cidade, com gasolina no tanque. E foi a maior surpresa desta avaliação. Depois de tantas melhorias em motorização e câmbio (este, por exemplo, tinha apenas quatro marchas há pouco tempo, hoje, tem seis), o modelo avaliado conquista nota B no Inmetro Conpet.
Na prática, se você roda média de 50 quilômetros por dia, gastará pouco mais de quatro litros diários. Ao final de 30 dias, a média será de 120 litros mensais. Ou seja, considerando o preço médio de R$ 2,40 do etanol (em São Paulo), são quase R$ 290 mensais de combustível. Nada ruim para os dias de hoje.
O C3 é até confortável. Tem ótimo acabamento, bom isolamento acústico, suspensão na medida certa e boa ergonomia. Mas é um pouco apertado. Principalmente na parte de trás. Três ocupantes fica difícil, ali. E, no porta-malas, a mesma limitação – não é dos maiores.
Em resumo, é um carro funcional, com boa altura em relação ao solo (permitindo, assim, fugir das armadilhas dos inúmeros buracos das ruas brasileiras) e que atende jovens solteiros – ou até uma pequena família. Entretanto, o uso é recomendável na cidade, porque de ‘Trail’, só mesmo o adesivo na lataria. Por ele, a Citroën não cobra menos de R$ 65.990.