Na quarta-feira, o ônibus do Palmeiras foi recebido no Allianz Parque com pedradas e garrafadas, objetos que foram disparados pelos próprios torcedores.
Na quinta-feira, o Corinthians prometeu que não entraria em campo, neste domingo, para a final do Paulista contra o São Paulo, se fosse recebido com pedradas no Morumbi. Andrés Sanchez deu ainda mais voz a essa causa e confirmou o que havia dito.
Ontem, Zé Ricardo foi demitido do comando do Botafogo, após a eliminação para o Juventude, pela Copa do Brasil. O técnico desembarcou com o grupo no aeroporto Santos Dumont, pela noite. Cerca de 25 torcedores aguardaram a delegação alvinegra, mas não encontraram os atletas. Encontraram Zé Ricardo.
Isso porque os jogadores deixaram o aeroporto pela pista de pouso, escoltados pela Polícia Militar. Já Zé Ricardo, não seguiu com o elenco, foi acompanhado apenas pelo preparador de goleiros Flavio Tenius e saiu pela porta de desembarque. Sozinho, foi alvo de xingamentos e alguns chegaram a chutar o táxi em que ele entrou. Não havia nenhum segurança do clube ou policial o protegendo no momento.
De fato, segurança foi um assunto muito discutido ao longo dessa semana, e com razão; mas até quando teremos esses debates? Até acontecer algo mais grave com algum atleta ou treinador? Acredito que nem mesmo assim. Enquanto vivermos em uma sociedade absolutamente marcada pela violência, onde “tudo pode e deve ser resolvido com as próprias mãos”, sempre estaremos sujeitos a isso.