Poucos poderiam imaginar, 55 anos atrás, quando a 17 de abril de 1964 saia da linha de produção o primeiro Mustang, que este carro esportivo teria um sucesso tão douradouro e constante. Basta lembrar que ele ainda foi, nos últimos quatro anos, o carro esportivo mais vendido no mundo todo, com um total de 113.066 unidades comercializadas ao longo do ano passado em 146 países.
Foi com este pensamento na cabeça que fomos ao campo de provas de Tatuí, a convite da Ford, para andarmos não só no Mustang como nos demais produtos com apelo esportivo produzidos pela marca, a exemplo do Edge ST.
Mas, confesso, foi o Mustang o que mais me envolveu, fazendo-me voltar no tempo, quando assisti ao nascimento do carro e logo depois tive oportunidade de rodar com ele na Europa. Um carro tipicamente americano, bem entendido, nada a ver com Ferrari e Maserati, por exemplo, mas que me deixava curioso de como seria, nos Estados Unidos, sua convivência com os rigidos limites de velocidade lá existentes e suas muitas, longas retas que fazem parecer que você estar parado. Nunca cheguei a satisfazer essa curiosidade.
Agora, andando no Mustang numa pista de testes, revivi a sensação de um carro com um clássico V8 de 5 litros de cilindrada, onde o consumo de gasolina deve ser a última preocupação de seu feliz proprietário, sobretudo se puder usá-lo numa cidade dotada de asfalto liso. Coisa que, como todos sabem, nao ocorre em São Paulo.
Mas, afora este detalhe, é um prazer usar o Mustang, em qualquer lugar e circunstância.