Espaçoso, bem acabado, silencioso e bonito! Pode ser que você discorde de tais afirmações, mas essas foram as principais características que pudemos constatar após uma semana a bordo do Renegade. Nossa equipe avaliou, por completo, a configuração Longitude 1.8 Flex AT6 deste Jeep, que foi recentemente reestilizado, porém manteve o valor de R$ 99.990.
Felizmente, a Jeep promoveu mudanças pontuais no produto, o que não permitiu a descaracterização do Renegade – lançado há quatro anos. São novas a grade, os para-choques (versões flex), a maçaneta da tampa traseira – que não existia até então – e, como de praxe, as rodas. O exemplar que você vê nas fotos ostenta um modelo de 18″, que calça pneus 225/55. Voltando à dianteira, os olhos de gato que ladeiam os faróis agora receberam tom branco – antes, âmbar.
Desempenho
Características à parte, vamos à avaliação de desempenho. O motor continua com a mesma configuração da data do lançamento, realizado há quatro anos. Sim, o propulsor continua com os mesmos 139 cv de potência máxima, quando movido a etanol, e torque de 19,2 mkgf a 3.750 rpm. Com gasolina, os números caem para, respectivamente, 135 cv e 18,7 mkgf, na mesma faixa de giro.
Na prática, a desenvoltura deixa a desejar. É fraco em ladeiras íngremes e, nos momentos de ultrapassagem, por exemplo, sofre bastante com o escalonamento da transmissão automática de seis velocidades. Quanto mais se afunda o pé no acelerador, mais a caixa de câmbio se perde para conseguir manter o desempenho. Neste momento, a dica é apelar para as trocas sequenciais, que podem ser feitas tanto por aletas atrás do volante, quanto pela alavanca de câmbio.
Embora o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) divulgue consumo de 10 km/l (gasolina) e 6,9 km/l (etanol) em trajeto urbano, em nosso período de avaliação, o computador de bordo exibiu média pouco superior a 9 km/l, na cidade. O tanque, de 60 litros, foi abastecido com o derivado do petróleo. Para informação, o consumo declarado em trechos rodoviários é de, respectivamente, 12 km/l e 8,6 km/l.
A suspensão independente nas quatro rodas (Tipo McPherson) é um dos grandes diferenciais do Renegade frente à concorrência – composta por nomes de peso como Nissan Kicks, Hyundai Creta e Ford EcoSport – e absorve bem as irregularidades do (péssimo) asfalto brasileiro. Ponto também para o silêncio a bordo. O isolamento acústico não é um primor – o ruído de vento é constante -, mas a 100 km/h, o ponteiro do conta-giros surpreende em sequer encostar nos 2.000 rpm.
Na lista de equipamentos, controles de estabilidade e de tração, freios a disco nas quatro rodas, freio de estacionamento eletrônico e sistema multimídia Uconnect com tela de 8,4“ sensível são alguns dos principais equipamentos do Renegade Longitude Flex. Aliás, cabe salientar que mesmo com a maior tela central do segmento e boa funcionalidade, o Renegade não traz navegador GPS de série. Para isso, é necessário recorrer à tecnologia Uconnect, que espelha o smartphone por meio dos sistemas Android Auto e Apple Car Play. Ou seja, pretende traçar uma rota via satélite? Use seu próprio aplicativo de navegação…