SUV com motor a gasolina. Tempos atrás, teria sido pouco comum ter um SUV com motor que não fosse turbodiesel (ou, pelo menos, só diesel, sem turbo) mas o novo Honda CR-V personifica este novo conceito, colocando no tradicional SUV, que no ano vindouro vai completar um quarto de século de existência, um motor gasolina com turbo.
Trata-se de um motor 1.5 oferecido em duas versões: uma com câmbio automático CVT, fornecendo 193 cv de potência, e outra com câmbio manual. Esta última teve sua potência reduzida para 173 cv em prol de uma melhor curva de torque, o que é logo sentida na utilização urbana do veículo, onde fornece uma “vivacidade” que a transmissão automática não consegue dar. Essa diferença não é tão sentida em utilização rodoviária, sobretudo se o motorista adotar uma forma de dirigir “tranquila”, quando pode alcançar médias de 12 km/l.
O conforto é muito bom, o nível de ruído baixo (exceto nas acelerações mais prontas) e as suspensões desenvolvem corretamente seu trabalho, devendo-se considerar peso e formato do veículo na análise do comportamento da carroceria em bruscas mudanças de trajetória. É o típico carro destinado a um uso familiar, certamente não esportivo.
O habitáculo é acolhedor para 5 pessoas (na versão Lifestyle são oferecidos 7 lugares), sendo que o passageiro que senta no meio do banco traseiro tem à sua frente um piso liso, fruto da opção pela tração dianteira e consequente ausência de eixo-cardã. E os que sentam atrás se beneficiam das tomadas de ar condicionado lá colocadas.
De uma forma geral o interior oferece uma posição de dirigir elevada, regulagens elétricas dos bancos dianteiros, um painel muito racional e completo e uma tela de 7 polegadas colocada centralmente. E o aumento de 4 cm na distância entre-eixos contribui para o conforto de todos os ocupantes, além de ter possibilitado uma capacidade do porta-malas que vai de 561 a 1756 litros dependendo do rebatimento do encosto traseiro.
Por fim, esta quinta geração do CR-V, além do novo chassis, do design mais moderno e da direção autônoma de nível 2, tem tudo o que se pode desejar em termos de segurança, tornando-a bem completa. Ao ponto que o único opcional é a pintura metálica…