Nos pênaltis, deu Corinthians. Em 180 minutos, dá para dizer que o time do Parque São Jorge foi bem em 45. Jogou de igual para igual em outros 45, com segurança. Já nos 90 restantes, não jogou absolutamente nada.
Era de se esperar, após o duelo contra o Ceará, que o Corinthians jogasse na base do contra-ataque, tentando segurar o placar ou até matar o jogo com uma bola. O que ninguém imaginava é que passaria 90 minutos na defesa, fazendo cera e num desespero para que o tempo corresse rápido.
Em meio à atuação vexatória, deve-se reconhecer o trabalho de Carille na defesa. Se de pelo menos 25 bombardeios sofridos falhou em apenas um, há, sim, um mérito ao sistema defensivo — o que não merece aplausos é a postura do time inteiro. Além disso, outro ícone digno de aplausos foi Cássio, em mais uma brilhante atuação em confronto decisivo.
Ao Santos, resta lamentar a má pontaria e a falta de criatividade. Diante de um time absolutamente fechado, a solução encontrada pelo time da baixada foi alçar bolas à área, ao longo de 90 minutos. De fato, conseguiu um gol assim, mas porque o zagueiro Gustavo Henrique estava próximo à pequena área, num lance normal de ataque, para colocar a bola ao fundo das redes. Nessa proposta de Sampaoli, ficou nítida a falta de um centroavante de ofício.
Agora, o Corinthians pegará o São Paulo. Não espero um jogo bonito, mas também nada próximo do que foi a semifinal de ontem, no Pacaembu.