A decisão da FIFA, tomada sexta-feira passada, regulamentando uma nova feição para o Mundial de Clubes a partir de 2021, beira o ridículo.
Os 24 antecipantes foram escolhidos da seguinte forma :
9 da América
8 da Europa
3 da África
3 da Ásia
1 da Oceania
Assim teremos, além da presença geralmente folclorística das seleções africanas, asiáticas e da Oceania, o absurdo de 9 equipes americanas (6 da América do Sul e 3 do resto do continente) contra 8 da Europa que, em tese, lhe são superiores. Mesmo porquê, a cada momento, os clubes sul-americanos vendem seus melhores jogadores para a Europa (onde vão reforçar os que serão seus adversários) com a finalidade de equilibrar suas contas, frequentemente no vermelho.
Além dessa incongruência, o novo Mundial de Clubes vai se chocar com o calendário da UEFA, que já está definido para os próximos anos e não tem como ser profundamente remanejado para dar lugar a mais um torneio. Um torneio que a UEFA e a associação dos principais clubes europeus viram logo de forma amplamente negativa.
Embora o alemão Rummenigge, presidente da associação dos clubes europeus, tenha aberto uma porta para discutir o assunto. Naturalmente desde que datas e demais detalhes sejam profundamente alterados. Um desses detalhes, por exemplo, seria o cancelamento da Copa das Confederações e os lucros provenientes do novo Mundial de Clubes serem divididos exclusivamente entre os clubes participantes.