Carille me surpreendeu. Esperava um Corinthians mais pragmático, e o que vimos foi um time intenso e incisivo ao longo de toda a partida; de poucos toques e muitas chegadas ao ataque. Isso porque uma estratégia adotada foi de apostar em lançamentos ao ataque – os atacantes realizavam infiltrações pelo meio e chegavam com certa liberdade para definir ao gol.
Já Sampaoli, apostou em utilizar Alisson como zagueiro, para liberar os laterais. Não deu certo, e ele reconheceu o erro. “Ideia era jogar no 3-4-1-2, com gente no espaço, por isso Carlos e Derlis entre centrais e laterais. Pensamos na pressão exagerada no Corinthians e isso poderia gerar um oito versus seis, mas não deu certo. A inclusão de Alison de zagueiro era porque no amistoso os cruzamentos do Corinthians foram muito perigosos e com meias que chegavam. Colocamos um zagueiro para livrar os laterais da bola cruzada. São planos e que não terminaram como uma solução. Ocorreram outras coisas que prejudicaram nosso jogo e isso tem a ver comigo”, justificou Samapaoli.
No fim, o placar seguiu o mesmo, porque um técnico conseguiu anular as ações do outro e vice-versa. Sem contar, é claro, das oportunidades desperdiçadas pelas falhas individuais dos atletas.