Sábado à noite, após a Ferrari ter dominado os treinos, sobretudo com o jovem monegasco Leclerc que tinha “enquadrado” o companheiro de equipe Vettel e obtido a pole sendo apontado como favorito para a vitória, ninguém teria apostado um dólar furado em mais uma dobradinha Mercedes.
Domingo, contudo, foi isso que se viu na bandeirada, com Leclerc obtendo o terceiro lugar somente pela entrada do “safety-car” nas voltas finais quando uma perda de potência de seu motor Ferrari lhe fez sucessivamente perder o primeiro lugar para Hamilton e o segundo para Bottas.
Na largada, Vettel pulou à frente, seguido por Leclerc que não quis arriscar um ataque na primeira curva mas logo depois passou o companheiro e o “despachou” de forma clara, aumentando progressivamente sua vantagem sobre todos os demais. E quando Vettel, duelando com Hamilton, perdeu o controle do carro, rodando, ficou evidente que o pódio estava definido.
O que ninguém esperava, e deixou maluco o responsável técnico da Ferrari, Mattia Binotto, foi o problema do motor, que se evidenciou na 45ª volta (ao todo, eram 57), e tirou a Leclerc o prazer de uma vitória que teria sido amplamente merecida. “Nasceu uma estrela”, foi o título da “Gazzetta dello Sport” e devemos convir que raramente um título foi tão bem bolado.
Leclerc mostrou n o circuito de Sakhir um grande potencial e, a continuar assim, dará toda razão a Binotto que, ao começar o mundial, não quis estabelecer uma hierarquia entre seus dois pilotos, preferindo que fosse o cronometro a faze-lo.E a resposta do cronometro, ao menos por ora, foi clara ; Leclerc é superior a Vettel.
Para o mundial, a vantagem obtida pela Mercedes, e notadamente seu líder Hamilton, é evidente mas como o mundial é longo podemos aguardar ainda por muitas emoções…