O Mundial de motociclismo começou em Catar, no curcuto de Losail, com a clássica prova noturna que forneceu em espetáculo soberbo, nas duas últimas voltas. Até então a luta via empenhados cinco ou seis pilotos, sem que ninguém desse a impressão de poder impor-se, até que o duelo se resumiu a um Marquez (Honda) x Dovizioso (Ducati) que poucos poderiam prever, já que, ao menos em tese, a Honda deveria ser um pouco superior à Ducati e Marquez, como fora-de-série que é, não poderia sofrer frente a Dovizioso, um ótimo piloto mas não (até prova em contrário) um fora-de-série.
Na pista, porém a Ducati mostrou um sensível progresso em relação ao ano passado, agora é sempre mais veloz que a Honda nas retas e sua entrada em curva não é mais tão difícil, para o piloto, como era até então. Não se pode afirmar que só a nova entrada de ar junto à parte mais baixa da carenagem lateral tenha feito toda a a diferença, embora isso tenha logo causado uma reclamação oficial de todos os demais times, exceção feita à Yamaha. Esta, por sinal, utilizava algo semelhante já no ano passado, mas só em caso de chuva.
Mas é válido dizer que Dovizioso se apresentou em forma excepcional e seu duelo roda a roda com Marquez nas duas voltas finais, foi sensacional e, por si só, valeu o ingresso. A manter este rendimento, não resta dúvida que Marquez terá encontrado um adversário á altura na luta por mais um título. E o fato dos cinco primeiros chegarem num espaço de apenas 6 décimos de segundo, é a confirmação de quão acirrada foi a disputa.
Resta agora esperar o próximo GP, dia 31 deste mês na Argentina, no já conhecido circuito de termas de Rio Hondo, para saber se a luta Marquez x Dovizioso e Honda x Ducati terá ou não continuidade.