Ídolo do São Paulo, Hernanes está de volta ao Morumbi. Foi ele o principal responsável por salvar o tricolor de um possível – e muito provável – rebaixamento, em 2017. E agora ele retorna para que o time seja competitivo em 2019.
A análise que eu faço é voltada ao futuro do São Paulo, em uma pós-Hernanes. Com 33 anos de idade, ele tem contrato com o tricolor até 2021. Uma hora ele vai parar, e quando parar, como estará o clube?
Vejo o São Paulo, hoje, como refém do atleta. Nos momentos difíceis, chamem o Hernanes – funciona como uma espécie de super-herói. E se daqui três anos o clube do Morumbi seguir na mesma situação dos últimos 10, a quem recorrerão?
Por outro lado, Hernanes pode ser o desencadeador de uma era vitoriosa do São Paulo. Ele é encarado como principal fonte para a construção de um time competitivo em 2019. Se o tricolor tiver um ano de títulos, o planejamento para o próximo será ainda mais tranquilo, baseado em uma temporada melhor.
Engato um exemplo muito extremista, que não merece uma comparação sob as mesmas medidas, mas que vem a calhar pela lógica de raciocínio: Ronaldo, em 2009, pelo Corinthians. Enquanto esteve no Parque São Jorge, o Fenômeno conquistou os títulos do Paulista e da Copa do Brasil. Depois que se aposentou, o alvinegro ingressou na era mais vitoriosa de sua história. Em suma, Ronaldo foi um dos fatores – quiçá o principal – que levaram o clube a um novo patamar no futebol brasileiro.
Talvez Hernanes seja esse cara.
Fato é que hoje todos saem ganhando com o retorno de Hernanes. O próprio atleta, que poderia ter disputado a Copa do Mundo de 2018, em razão da sua volta ao futebol brasileiro, o clube e o torcedor, que fica mais alegre com o retorno de um ídolo.