De modo particular, até o início de 2018 eu encarava as promoções de joias das categorias de base como soluções financeiras para os clubes. Ou seja, ao invés de ir ao mercado e gastar gigantescas cifras, melhor recorrer aos jovens talentos e guardar o pouco dinheiro que resta nos cofres.
Por sinal, era – e ainda é – uma boa solução; mas, hoje, vejo a ascensão de atletas da base de uma outra forma.
Promoção de joias deixou de ser solução para aposta de sustento financeiro. Isso ficou claro após as vendas com valores astronômicos para o mercado europeu. Casos de Vinícius Júnior e Rodrygo, para o Real Madrid, com acordos fechados com muita antecedência. Além deles, outro exemplo proporcionado em 2018 é o de Lucas Paquetá, vendido ao Milan.
Um fenômeno, nada recente, mas que a cada dia ganha mais tamanho é o de clubes do exterior observarem meninos, com idade inferior a 15 anos, que integram equipes de base, e levar esses garotos à Europa, para a formação do atleta dentro do próprio clube estrangeiro.
Na maioria dos casos, os garotos não têm grandes contratos com os clubes; mas, se esse fenômeno ganhar ainda mais proporção, será possível assegurar que a reação dos clubes, de imediato, será de tirar proveito da situação para que esses jovens sirvam de sustento financeiro.