Fala-se muito, hoje em dia, de apostar em treinadores de uma nova geração, pela visão que eles têm do esporte, pelas inovações que podem oferecer e, em uma série de casos, por serem a solução mais barata para os clubes. Isso acontece porque foi criada uma concepção de que, se o esporte se moderniza diariamente, serão justamente os profissionais mais jovens que acompanharão essas mudanças constantes.
No entanto, os resultados finais da nova geração não nos levam a essa linha de pensamento. Com exceção de Fábio Carille, nenhum outro treinador da “nova geração” obteve grande sucesso, nos últimos anos, a nível nacional. Há aqueles como Zé Ricardo e Jair Ventura, que atingiram picos de um bom trabalho, mas que sofreram quedas de rendimento.
Os que realmente alcançaram grandes conquistas, recentemente, foram os treinadores mais velhos como Luiz Felipe Scolari, Renato Gaúcho e Mano Menezes. Por inúmeras vezes, a opinião pública trata estes profissionais, especialmente quando chegam a um clube de grande porte do país, como “ultrapassados”, em razão da concepção de modernidade já tratada no início deste texto.
Faço ressalva da existência desse preconceito que há perante os treinadores ‘medalhões’. Ser mais velho não significa estar ultrapassado. Fato é que, no fim, a experiência acaba se mostrando como um grande diferencial.