Finalmente, a Libertadores de 2018 nomeou seu campeão. No Santiago Bernabéu, o River Plate superou o Boca Júniors, na prorrogação, por 3 a 1, de virada, e conquistou a América. Pela primeira vez na história, o Superclássico decidiu o torneio, numa mescla de drama, emoção, polêmicas e glórias.
Em um duelo entre argentinos, espera-se sempre um confronto marcado pela marcação, entrega e raça dos jogadores; um jogo mais travado, com o meio-de-campo congestionado. River e Boca foram além e nos proporcionaram um duelo muito interessante do ponto de vista técnico.
Para mim, o resultado final foi o esperado. Isso porque o time do River Plate é melhor que o do Boca. Isso seria ainda mais claro se o confronto tivesse ocorrido no Monumental de Nuñes. Mesmo assim, com cinco adiamentos da realizações da partida, nenhum fator externo influenciou para a melhor equipe.
No duelo de ida, fiz ressalva para o aproveitamento que as duas equipes tiveram diante de falhas defensivas dos adversários. Aparentemente, esses erros foram corrigidos na defesa, embora no ataque…
No primeiro gol da partida, o Boca aproveitou o erro ofensivo do River para armar um contragolpe fulminante e abrir o placar com um golaço, de Benedetto, o nome do time nesta Libertadores.
O primeiro tempo não foi dos mais brilhantes, mas o segundo, realmente, foi espetacular.
Foi na etapa complementar que Pratto deixou tudo igual, no Bernabéu, concluindo uma triangulação muito bem construída pelo River.
Mas só na prorrogação surgiram os nortes do jogo, apresentados por dois colombianos: Barrios, do Boca, foi o vilão depois de receber o segundo amarelo e ser expulso pela primeira vez com a camisa do clube argentino. Quintero, do River, o herói, depois de entrar no segundo tempo do jogo, mudar a dinâmica da equipe de Gallardo e marcar o gol do título na etapa final da prorrogação.
No fim, aproveitando o desespero do Boca Júniors, Pity Martínez decretou o título ao River, no lance final, e deu sequência a sua saga pessoal de sempre deixar a sua marca no Superclássico.
Resumindo, deu a equipe que apresentou o melhor futebol na competição; que durante a sua trajetória no mata-mata derrubou campões como Independiente e Grêmio, com grande superioridade. Frente ao Boca, não foi diferente.
O River conquista a sua quarta Libertadores com todos os méritos.