A marcação de um penal inexistente, que determinou domingo à noite a vitória do Inter sobre o Atlético Paranaense, foi apenas mais um exemplo de quão mal andam as arbitragens. Erros por demais frequentes, árbitros incertos e às vezes temerosos de simplesmente aplicar as regras, VAR quer deveria hipoteticamente ser a panaceia de todos os males mas não o é, e nem poderia se-lo, pois depende do ser humano para sua aplicação, formam um conjunto que oferece aos dirigentes e aos torcedores inúmeros motivos para queixas e insinuações. Isto quando não se passa a claras acusações que – infelizmente – nem sempre recebem a necessária punição legal.
A solução ideal – e, por isso mesmo, inexistente – seria todos considerarem o futebol pelo aquilo que, no fundo, ele é : apenas e tão somente um jogo. Com isto é impossível, deve-se procurar, com todas as falhas humanas incluídas, aperfeiçoar tanto a conduta dos árbitros como a utilização do VAR.
Para os árbitros, o profissionalismo parece-me a melhor saída. Desde que seja um profissionalismo sério, em que o árbitro ganhe pelo menos tanto quanto ganharia em outra profissão e não seja, em conseqüência, indiretamente refém de dirigentes, em todos os níveis de sua carreira, desde os campeonatos regionais até uma Copa do Mundo.
Para o uso da VAR, entendo que seu responsável deva auxiliar o árbitro informando-o imediatamente de algum acontecimento que ele não tenha notado ou não tenha avaliado corretamente. Mas não deve, com isso, tentar se sobrepor ao árbitro, tornando-o refém da supervisão do VAR e consequentemente temeroso na hora de tomar uma decisão.
Como se percebe, nada é fácil…mas se o fosse não estaríamos aqui discutindo o assunto.