O caso da taça do Mundial de Clubes de 2012 do Corinthians, que a Justiça mandou penhorar, ganhou destaque no noticiário esportivo. Por um lado, trata-se de uma ação mediática, até porque o prêmio conquistado pelo alvinegro é absolutamente simbólico — o Globoesporte.com, inclusive, apurou que a peça é uma réplica, e que a original permanece em Zurique.
Só que esse gesto mediático agrava a situação de Andrés Sanchez na cúpula do Parque São Jorge. Ele faz um gigantesco alarme em um momento em que o presidente é absolutamente criticado pela gestão do elenco — desmanches feitos em função de valores absolutamente questionáveis. Agora, ele precisa resolver uma situação que está pendente desde 2008 — ano em que ocupava, pela primeira vez, a cadeira da presidência — quando a faculdade deu início ao processo, alegando que o Corinthians dificultava o acesso a alunos e funcionários a um campus que funcionava no Parque São Jorge.
Se o corintiano está preocupado em perder uma taça da sua galeria, ressalto que a chance disso acontecer é remota, até porque a diretoria do clube se movimenta para quitar a dívida com a faculdade. O que realmente deve servir de motivos de preocupação é a forma de como Andrés conduzirá a situação e, consequentemente, administrará uma crise que paira sobre ele.
Hoje, o Corinthians está vulnerável a uma crise política; mas tudo isso depende única e exclusivamente de Andrés.