Raramente os “cartolas” assumem qualquer culpa e, em troca de ótimos ordenados, sempre encontram no técnico o responsável pelo time não ter alcançado os objetivos sonhados.
Com o São Paulo não foi diferente, e o técnico Aguirre recebeu o cartão vermelho, após (coisa de apenas dois meses atrás) a direção do clube ter tentado, sem sucesso, renovar o contrato. E não o conseguindo pois Aguirre preferiu esperar mais um pouco para ver o que iria acontecer no mercado da bola, onde se falava com insistência de seu nome para dirigir a seleção do Uruguai.
Apenas para refrescar a memória, quando Aguirre foi contratado sua missão era tirar o time do atoleiro e espantar a ameaça de rebaixamento. Coisa conseguida com exito total graças a uma preparação atlética que levou o elenco a render o máximo na primeira parte da temporada. Com isso a torcida se empolgou, voltou aos estádios e os dirigentes, que deveriam ter a cabeça fria, acharam que o time poderia até mesmo ser campeão. Sem atentar para o fato de que time nenhum consegue ter o máximo de rendimento durante toda a temporada e que o elenco tricolor, com algumas contusões e a venda de Militão para o Porto, não tinha mesmo gabarito para vencer o campeonato brasileiro.
Foi um claro erro de julgamento, não atentando para as premissas do trabalho de Aguirre. E, como sempre é necessário encontrar um culpado, o coitado do técnico foi mandado embora.
