O inglês Lewis Hamilton encerrou este campeonato mundial de Formula 1, já ganho antecipadamente, com chave de ouro ao conseguir sua 11ª vitória na temporada. E o fez de forma a não deixar dúvida alguma quanto à sua superioridade sobre os demais, a começar pelo sábado onde fez mais uma vez a pole, e continuando no domingo com uma liderança de ponta a ponta, só momentaneamente interrompida por ocasião da troca de pneus.
Esta troca de pneus, na 7ª volta, fez até surgir a suspeita que a Mercedes, quase impondo a Hamilton dois pit-stop, quisesse criar a condição para que Bottas pudesse vencer, devolvendo-lhe assim a vitória que lhe tirara, tempos atrás, para favorecer Hamilton. Mas, mesmo que essa tática tivesse sido pensada, foi por água abaixo quando Vettel superou Bottas e assim obrigou Hamilton a economizar pneus (uma segunda parada teria dado a vitória de mão beijada a Vettel) até a bandeirada final. Coisa que fez com com maestria, mostrando que, neste temporada, ele se colocou no mesmo nível dos grandes pilotos de todas as épocas.
Pelo resto tivemos uma boa prova de Vettel, que tirou o máximo de sua Ferrari, também uma boa apresentação de Verstappen, que lhe valeu o terceiro lugar no pódio, e a falta de sorte de Raikkonen que, em seu GP de despedida da Ferrari (no ano que vem pilotará para a Sauber), foi traído pelo carro e obrigado a abandonar logo no começo.
Entre os pilotos que não tem um carro competitivo à altura dos melhores,o destaque ficou com o novato Leclerc, levando sua modesta Sauber a um ótimo 7º lugar e mostrando que no ano vindouro, quando fará dupla com Vettel na Ferrari, poderá eventualmente criar problemas para o tetra-campeão mundial.
Este Gp marcou também um adeus e um retorno. O adeus foi de Alonso, que em seu 312º Gp, terminou 11º em função da reconhecida mediocridade de sua McLaren, e o retorno foi de Kubica, após 8 anos fora da F1 pelo gravíssimo acidente sofrido numa prova de rally.